México
Mãe....quero ser PORRISTA! , O que????????????? (eu).
"- Mãe quero ser porrista! - O queeeeeeeeeeeee? Tá louca??? (cara de agora eu enforco essa menina!)- Sim, quero fazer porras. Mãe, porras, como as cheerleaders dos fimes americanos...(pausa pro alívio da mãe aqui, suspiro, e rio da situação)- Ok filha, vamos te matricular em porras então. "
Passou-se um tempão e eu ainda não acho normal falar que minha filha é porrista, ou avisar a avó que ela ainda não voltou do treino de porras. É piada pronta, fazer o que.
Mas ela é uma ótima porrista!
Desde que chegou no México e entrou no colégio, quis integrar a equipe. Eu, super apoiei, acho muito mais divertido que fazer ballet (fiz 10 anos de ballet, obrigada pela mamis...). Nunca soube que o México tinha tão forte essa tradição. Acho que pela proximidade dos Estados Unidos, copiaram o hábito.
Essa modalidade nasceu nos Estados Unidos no século XIX, quando a Universidade de Princeston criou o primeiro "grito de guerra" para animar os eventos esportivos:
Ray, Ray, Ray!Tiger, Tiger, Tiger!Sis, Sis, Sis!Boom, Boom, Boom!Aaaaaaah! Princeton, Princeton, Princeton!
Em 1880 foi criada a primeira fraternidade de Cheer (Animação esportiva) constituída em 100% por homens. Em 1898 Thomas Peebler reuniu seis homens para organizar os gritos de guerra de apoio durante as partidas de futebol americano, mas em 2 de novembro do mesmo ano, durante uma partida entre a Universidade de Minnesota e Northwestern um estudante de medicina de Minnesota chamado Jonhy Campbell , considerado o primeiro cheerleader (porrista) criou a famosa porra:
Rah Rah Rah! Ski-U-Mah! Hoo-Rah! Hoo-Rah! Varsity, Varsity, Minn-e-so-tah?
Porras continuou sendo um esporte dominado por homens até 1923, ano em que foi permitido as mulheres, se uniram a equipe de porristas, no início somente nas universidades e depois, a educação básica, sem dúvida foi na segunda guerra mundial que as mulheres começaram a ter uma participação importante no esporte, já que com a partida à guerra da maioria dos homens, as mulheres que antes, não podiam competir em atividades esportivas, começaram a incorporar as rotinas de porras, saltos e elementos de certo grau de dificuldade física.
É meio surral ver sua filha participando de vários campeonatos pela escola, "paquerando" o capitão do time de futebol (descobrindo essas coisinhas, logo, que está com 10 anos...). Parece que estamos dentro de um filme da sessão da tarde, daqueles clássicos que a gente adorava e se imagina de cheerleader (confesso que já até me fantasiei em um Carnaval #abafa!).
Minha querida porrista me explicou a constituição da equipe:
1) "Voladora" (Flyer): é a pessoa que é lançada para o alto. Também realiza elementos de equilíbrio e flexibilidade. Geralmente as mais magrinhas e pequenininhas, por ser mais fácil de carrega-las.
2) Base: A base se encarrega de lançar (agarrando quando aterrissam) e carregar uma flyes. Pode ser entre uma ou cinco o número de bases para subir uma flyer.
3) "Cuidador" (Spotter): seu trabalho pode ser como base secundária ou traseira ajudando a carregar a flyer, assim como "step", só pra garantir a integridade física , sem ter contato com a flyer, para a queda. (Backspot)
4) Poste: é como uma flyer situada nos ombros, mas enquanto é carregada ela carrega uma flyer a uma altura bem considerável.
Filhota é Base, brasileira, já vem com o corpão....rs Mesmo assim, me dá frio na espinha com as manobras dela. E um tal de mortal pra la, mortal pra cá....
Mas tem que sempre seguir uma dieta. E treinar MUITO, muito mesmo. Em semanas que antecedem aos campeonatos elas treinam de 3 a 4 horas/dia, inclusive de final de semana. Sem ser campeonato, treinam 1 hora e meia por dia, e aos sábados. As vezes ela fica com preguiça, mas eu apoio muito e insisto, além de tudo elas aprendem a ter muita disciplina.
Procurei muito a respeito da história de Porras no México, mas não encontrei. Eu suponho que seja pura cópia "dos gringos", dos americanos, como muita coisa por aqui... Vou continuar a procurar e se achar, conto pra vocês. Um esporte super popular aqui, e a maioria das escolas tem sua equipe. Eu não conheço nenhuma brasileira, nunca ouvi falar.
CLICA AQUI PRA VER O VÍDEO DELAS!
Vou continuar a apoiar minha filha, pra ela se destacar no que faz, aliás, elas acabaram de levar o Nacional em Mazatlán, e eu, mãe boba que sou, estou explodindo de orgulho.
Besitos!
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