Fazendo uma comparação com os cultos pré-hispânicos e a religião cristã, se sustenta que a morte não é o fim natural da vida, se não uma fase de um ciclo infinito. Vida, morte e ressureição são os estados do processo que nos ensina a religião cristã.
O desprezo, o medo e a dor que sentimos diante da morte unem-se ao culto que profetizamos. A morte pode ser uma vingança da vida, porque nos liberta daquelas vaidades em que vivemos e nos converte, no final , a todos por igual como somos, um monte de ossos. Então a morte vem, jocosa e irônica, a chamamos de "esqueleto", "ossuda", "dentona" , "a magricela", "la parca". Ao ato de morrer damos definições como "petatearse", "esticar as canelas", "fugir", morrer. Estas expressões só permitem brincar e criar mais brincadeiras com refrões e versos. Nossos jogos estão presentes nas caveiras de açucar, recortes de papel, esqueletos coloridos, piñatas de esqueletos, marionetes de esqueletos e quando fazemos caricaturas ou historinhas.
Os costumes na hora de comer estão muito ligados à ocasião, à origem social das celebrações e à época do ano. Para resumir, podemos nomear três ocasiões que nos pode servir de mostra:
O almoço é o alimento depois do café da manha (se esse não foi muito farto) e é a ocasião para provar os tamales (tortas finas de milho), ou um caldo acompanhado de batatas. Não menos deliciosos são os chilaquiles (uma massa com batatas) ou ovos rancheiros.
A comida, servida entre a uma e as quatro da tarde, é mais abundante que em outros países e também possui mais condimentos. Antes da comida principal, que geralmente é um cozido, é comum saborear uma sopa ou um arroz. Depois vem a sobremesa.
A merenda é um momento familiar no qual se destacam os sabores doces: chocolate a espanhola ou chapurrado, pães doces com nomes graciosos e também os tira-gosto: tacos, tamales, quesadillhas, entre outros.
A literatura mexicana em língua espanhol data do século XVI e muitas obras faz referencia à temas de tradição oral dos grupos indígenas do país. Destaque para Sor Juan Inês de la Cruz, uma das grandes poetas do século XVII. Entre os escritores mexicanos mais relevantes do século XX se encontram os novelistas Mariano Azuela, Martín Luis Guzmán, Augustín Yánez e Carlos Fuentes; os dramaturgos Rodolfo Usigli, Salvador Novo e Emilio Carballido e os poetas Alfonso Reyes e Octávio Paz, que ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1990.
Outro dos grandes nomes da literatura mexicana e universal é Juan Rulfo, autor de clássicos como "El llano em llamas" e "Pedro Páramo", fieis representações do realismo mágico. Conseguiu um grande êxito de público a autora Laura Esquivel, com sua novela "Como água para chocolate".
As canções e danças folclóricas, características das diferentes regiões do país, são acompanhadas de diversos tipos de conjuntos musicais onde o principal instrumento é a guitarra.
A banda de mariachis é originária de Jalisco. Normalmente interpretam músicas rancheiras cujos temas podem variar, mas sempre abordam temas românticos. O corrido, uma balada folclórica narrada em rimas de quatro versos, derivada da romanza espanhola, é provavelmente a maior contribuição mexicana à música folclórica da América.
Outras danças que se destacam é o danzón, o cha-cha-cha, a sadunga, a jarana e o jarabe tapatío. São interpretes e compositores famosos da música mexicana, entre outros: Agustín Lara, Jorge Negrete, Pedro Infante, Chavela Vargas, Lucha Reyes, Miguel Aceves Mejía, José Alfredo Jimenez, Armando Manzanero y Los Panchos.
Algumas das danças e instrumentos pré-hispanicos sobrevivem. As danças mais conhecidas são as dos concheros e dos voladores. Quanto aos instrumentos destaque para o huéhuetl e o teponaztli, ambos de percussão, além de numerosas flautas de cerâmica e cana.
Por último, devemos mencionar algumas das jovens bandas mexicanas que passaram a fronteira do país: El Tri, Maldita Vecindad, Caifanes e Maná.
A cultura mexicana é uma mescla rica e complexa de tradições indígenas, espanholas e estadunidenses.
As áreas rurais estão povoadas por indígenas, descendentes de sociedades altamente desenvolvidas como maias, astecas e toltecas, e por agricultores descendentes de espanhóis e mestiços. Nas cidades se sobressai tanto a influencia européia, principalmente espanhola e francesa, como estadunidense.
A maioria dos artistas mexicanos contemporâneos está esforçando-se por produzir um trabalho caracteristicamente mexicano que fusione estilos espanhóis, indígenas e europeus