Brasil, aqui estou!
México

Brasil, aqui estou!


Quase quatro meses e esse post ainda não saiu. Confesso que só de pensar em abrir esse site me dá um aperto no coração tão grande que eu não sei nem explicar.
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Abri o blogspot no sexto dia da minha volta, mas não consegui escrever como foi a viagem e tal. Saudade...

Enfim. 

Faltando uma semana pra voltar pro Brasil, eu não conseguia imaginar que tudo o que eu tava vivendo naquele tempo ia acabar. Todo mundo falava: você só tem oito dias no México! E o que eu menos queria era saber o tempo que me faltava lá. Na segunda-feira, faltando 3 dias para minha viagem, fui pro colégio pra me despedir dos meus amigos e quando eu tava indo embora comecei a chorar. De tarde fui com minha hsister e a amiga dela para o cabeleireiro. Queria fazer uma surpresa pra minha família de lá, e a daqui do Brasil também, jejejeje.

A surpresa! Meu cabelo pintado, jeje

Terça-feira a minha amiga, filha da minha conselheira, foi almoçar lá em casa para se despedir de mim. Depois do almoço ela me ajudou um pouco a arrumar as malas e depois ela foi embora e eu saí com minha hsister.


Quarta-feira: foi o pior dia. O PIOR. Acordei e saí com minha hmom, depois a gente foi pegar na praça Sofia, minha amiga brasileira que foi se despedir de mim e assistir o jogo do BrasilxMéxico lá em casa. Depois do almoço, Sofia me ajudou a arrumar a mala e a gente foi para a casa da minha primeira família. Conversei com abuela (minha avó de lá) e minha tia, me despedi delas e meu hfather1 deu pra gente uma moeda suuuper antiga e linda do México e depois a gente deixou Sofia no ponto de ônibus e ele me levou pra minha casa. Passei o resto da tarde com minha hsister e a amiga dela conversando, até que eu soube da tempestade tropical que tinha chegado em Veracruz: a maldita Barry. Por causa dessa tempestade, as aulas foram suspensas para o próximo dia e seria provável que os voos de Veracruz para a Cidade do México poderiam ser cancelados também. Acontece que eu ia sair do aeroporto de Veracruz, e se o voo fosse cancelado, eu correria o risco de perder o avião da Cidade do México para o Brasil. Eu não tinha me preocupado muito, mas tive que ligar para a minha oficial de intercâmbio para ver se teria algum problema. No jantar comi pizza (uma das minhas comidas preferidas). Depois fui arrumar minha mala (comecei sábado e só terminei quarta-feira, com a ajuda da minha hmom), e então minha hmom subiu no meu quarto e disse que a oficial de intercâmbio tinha ligado e que o voo de Veracruz para a Cidade do México tinha sido cancelado, e que eu ia ter que ir até o Distrito Federal de ônibus. Entrei em desespero. Não porque eu ia para a Cidade do México de ônibus, mas porque eu ia me despedir de alguns amigos que estavam em Veracruz, e eu não ia poder fazer mais isso. Além do mais, o carregador do meu laptop tinha quebrado, e eu não tinha como avisar a eles. Já não tava aguentando mais empacar as coisas de tão triste que eu estava. Deitei no chão e comecei a chorar. Até que toda a família subiu para ver o que aconteceu comigo e eles me acalmaram e minha hmom me ajudou a terminar de arrumar a mala.
Meu coração ainda dói só de lembrar que eu deixei Em Chamas e Jogos Vorazes lá (além de ter esquecido o meu cinto preferido) 

Quinta-feira: acordei e tomei banho, desci para tomar o café da manhã. A família toda foi para a rodoviária porque a abuela2 ia para a Cidade do México, só que em outro ônibus. Só ficou na casa eu e minha hmom. Meu hfather2, minha hsister e meu hbrother se despediram de mim e saíram. Daí meu hfather1 chegou para pegar as minhas coisas e me levar até a rodoviária. Chegamos na rodoviária de Córdoba e minhas duas famílias estavam lá. Minha vontade era de me esconder e perder o ônibus, mas me conformei. Foi ali mesmo, na rodoviária de Córdoba, que eu me despedi de pessoas que marcarão minha vida para sempre. 

Já conformada, sem lágrimas, pensamentos tristes ou de qualquer tipo, fui de ônibus até a rodoviária do aeroporto da Cidade do México. Lá me esperavam o irmão e sobrinha da minha oficial de intercâmbio. Eles foram super atenciosos comigo, me ajudaram a saber o terminal que eu ia pegar o voo (risos, nem disso eu sabia)... Enfim, fui pra sala de embarque e fiquei umas 4 horas lá, se eu não me engano. No avião, consegui dormir umas 3 horas, no máximo. 

Cheguei em São Paulo umas 7 da manhã (ou 6, não lembro mais) cansadíssima. Passei pela alfândega, tudo ok. Peguei minhas malas, fui para o check-in da tam e despachei minhas malas, isso tudo demorou duas horas (por causa da dificuldade de pegar minhas malas na esteira, depois equilibrá-las no carrinho e depois de uns minutos de espera). Eu estava sem dinheiro para comprar comida, sem comida e morrendo de fome. Sentei em frente à porta de embarque. Sim, no chão. O povo me olhava como se eu fosse mendiga, mas ok, né, eu não ligava por todos esses fatores acima citados. Até que meu primo apareceu e me levou para almoçar (coxinha, porque eu tava com muita saudade de coxinha, jijijiji) e a gente ficou conversando enquanto a hora do embarque não chegava.

Depois de umas duas horas, entrei na sala de embarque e cheguei atééééé o final do corredor que tava marcado no ticket e esperei. Conheci uma ex-intercambista dos Estados Unidos que fez intercâmbio em Santos, era a terceira vez dela visitando o Brasil depois do intercâmbio, e ela me reconheceu pelo blazer, jajaja. Ela tava indo pra Brasília no mesmo voo que eu. 

Enfim, chegando em Brasília, o horário do meu último voo (finalmente), Salvador, já tinha passado, eu já comecei a entrar em desespero porque eu ia perder o voo, daí o aeromoço disse que o voo para Salvador ia ser no mesmo avião, aí eu fiquei tranquila. 

Cheguei em Salvador e quando eu fui pegar minhas malas, lá estavam: minha mãe e minha melhor amiga. Contive a emoção e peguei minhas malas. 

Esse foi o todo o trajeto de volta pra casa. A cada parágrafo que eu escrevia, a vontade de chorar era muito grande, mas eu tinha que acabar esse post, pretendo ver esse blog inteiro depois de um tempo (ou muito tempo). 

Um sonho foi realizado. Mas com esse, vieram muitos outros. Alguns muito grandes, outros que não precisam de muita coisa. No entanto, todos são especiais

P.S: pode demorar, mas com certeza vou fazer mais postagens referentes aos dias em que eu estive no México ou momentos que eu acho válidos recordar. 

Adiós. 




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